Segundo o ICL Notícias, esse acordão para aprovar a PL da Dosimetria, independente das consequências nefastas para a Democracia Brasileiro e aos interesses e bem-estar do Povo Brasileiro, tal acordão surgiu de uma mobilização entre Congresso Nacional + Lideres Partidários + Ministros do STF unidos nesse conluio para evitar a crise política e partidária que as Operações da Polícia Federal estão descobrindo no combate do Crime Organizado na Espera Pública e Privada.
De acordo com as apurações do Jornalista e Comentarista do ICL Notícias, Leandro Demori, esse acordão consistiria:
1/
Por quase 40 dias, Brasília, SP, Buenos Aires e Lisboa foram palco de negociações intensas. No centro: Paulinho da Força — ou, como é chamado nos bastidores sindicais, “Paulinho da Farsa”.
O objetivo? Costurar o texto final do PL da Dosimetria.
2/
O projeto foi aprovado na madrugada de 10 de dezembro e abre caminho para reduzir penas dos golpistas de 8 de janeiro.
No caso de Bolsonaro, a pena em regime fechado pode cair de 6 anos e 4 meses para 3 anos e 1 mês.
3/
Quem participou diretamente da articulação?
Michel Temer. Procurado por Paulinho, o ex-presidente atuou como “aplainador” entre o deputado e o ministro Alexandre de Moraes.
4/
Temer também abriu portas para conversas com Gilmar Mendes e, depois, Dias Toffoli.
Os três ministros deram o mesmo recado:
“Sem parecer anistia. Não pode ter anistia.”
5/
Quatro ministros não participaram das conversas: Fachin, Dino, Zanin e Carmem Lúcia. Kassio Nunes pode ter atuado indiretamente; Mendonça e Fux foram considerados “não-problemas”.
6/
A chave da negociação: retirar o crime de “abolição do Estado Democrático” — responsável por mais de 7 anos da pena de Bolsonaro.
Sem esse trecho, a pena cai automaticamente.
Assim, os ministros envolvidos podem dizer que “não recuaram”: foi a lei que mudou.
7/
Com o texto final revisado por juristas próximos ao STF, Paulinho avisou o trio de ferro do bolsonarismo:
Ciro Nogueira (PP), Sóstenes Cavalcante (PL) e Antônio Rueda (União).
Todos toparam votar o projeto ainda em 2025.
8/
Enquanto isso, Flávio Bolsonaro encenava sua “pré-candidatura” à presidência — uma cortina de fumaça organizada com Valdemar Costa Neto.
9/
No dia 3/12, Gilmar Mendes soltou decisão cautelar sobre o quórum de impeachment de ministros do STF.
No texto, mandou um recado elegante: cabe ao Congresso legislar sobre o tema.
Era o convite para o “grande acordo”.
10/
Na noite de segunda (8), Ciro Nogueira e Rueda pressionaram Davi Alcolumbre e Hugo Motta:
O PL da Dosimetria precisava ser votado antes do recesso — antes que deputados voltassem às bases e mudassem de ideia sobre aliviar penas de Bolsonaro.
11/
Objetivo da cúpula bolsonarista:
– Encerrar a farsa da “candidatura Flávio”;
– Vender à base que “Bolsonaro está livre”;
– Iniciar a campanha da oposição, de preferência com Tarcísio — ou, no plano B, Ratinho Jr.
12/
O texto agora está no Senado. Otto Alencar pediu que passe pela CCJ, mas indicou como relator Esperidião Amin (PP-SC) — hoje ultrabolsonarista.
Tradução: o texto não será alterado.
13/
O Senado deve aprová-lo na semana que vem.
Lula pode vetar — mas Alcolumbre já se comprometeu a derrubar o veto antes do Carnaval, garantindo outra derrota ao Executivo.
14/
E quem pensa em recorrer ao STF alegando inconstitucionalidade… esqueça.
Pelo menos três ministros participaram das costuras.
Outros três (Kassio, Mendonça e Fux) jamais votariam contra Bolsonaro.
15/
Resultado final?
Formou-se um grande acordo nacional em torno da anistia branca de Jair Bolsonaro.
Com o Congresso. Com o STF. Com tudo.
Exatamente como Romero Jucá descreveu anos atrás — e com o mesmo Michel Temer na engrenagem.
(X @demori)